FRANCISCO
XAVIER GARCIA, natural de Lisboa, Portugal, nascido a 9 de dezembro de 1753.
Veio para Natal, ainda criança. Casou-se com Dona Bonifácia Nolasco de Almeida,
filha do professor Manuel Pinto de Castro e de Francisca Antonia Teixeira, a 30
de janeiro de 1787. Sua mulher era irmão do Padre Miguel Joaquim de Almeida e
Castro, o célebre MIGUEL JOAQUIM DE ALMEIDA CASTRO, conhecido por Frei
Miguelinho (17/09/1768 – 12/06/1817), herói da revolução de 1817, e do Padre
Manoel Pinto de Castro, que foi virtuoso vigário da Paróquia de Nossa Senhora
da Apresentação, durante muitos anos. Professor Régio de Gramática Latina, e
ensinou mais de 40 anos Simples, benquisto, cerimonioso com a compostura
sisuda, convida a um professor da intimidade ilustre dos clássicos de Roma,
acabou, sem querer ou querendo, embrulhado nos acontecimentos políticos. Fazia
parte do grupo que combatia contra o movimento pró-independência. Foi eleito
presidente do Governo Temporário e empossou no referido cargo a 7 de fevereiro
de 1822. O Governo, anterior, do Presidente Rego Barros, havia sido deposto
pelo Capitão Antônio Germano de Albuquerque, Comandante da tropa de linha.
Francisco
Xavier não foi feliz na sua curta administração. A época era de grande
efervescência. Engrossavam as fileiras dos partidários. Havia em Natal muitos
revolucionários de 1817, vários deles egressos das prisões baianas. Os
acontecimentos do Rio de Janeiro encontravam grandes ressonâncias na Capitania.
Comunicando a sua posse às Câmaras do Interior, Xavier recebeu respostas
desconcertantes. A Câmara na Princesa (Assu) enviou um enérgico protesto, no
qual dizia não reconhecer esse Governo Temporário porque é ilegítimo, criminoso
e rebelde. Esse seu gesto altivo e patriótico encontrou a solidariedade das
suas colegas de Portalegre e do Príncipe (Caicó). O Governo Provisório convocou
novas eleições, sendo eleita Junta de Governo Provisório no dia 18 de março de
1822. Assumiu no mesmo dia. O Presidente era o Padre Manoel Pinto de Castro,
cunhado de Francisco Xavier, Este voltou para a regência de sua cadeira, e
nunca mais quis saber de política. Faleceu a 31 de agosto de 1828, com 60 anos
de idade. A Viúva, Dona Bonifácia, faleceu a 19 de novembro de 1833. “Extraído
do Livro” A TRAGÉDIA DO MESTRE-ESCOLA, de Mário Cavalcante, Coleção
Mossoroense, 2002, páginas 55 e 56.
FONTE – WIKIPÉDIA E INTERNET
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